Em qualquer construção, desde a pequena casa até a maior hidroelétrica, pode-se melhorar a gestão da obra. Muitas pessoas fixam na idéia de que: “Obra é complicado mesmo, sempre foi assim e sempre será!”. Será mesmo? Existe realmente a dificuldade para se gerenciar uma obra, uma vez que, normalmente temos uma quantidade grande de pessoas realizando diversos serviços diferentes, em vários locais. Mas isso não quer dizer que devemos ficar parados e deixar de tomar medidas para diminuir essa má gestão.Todos os conceitos que aprendemos sobre gestão de obras, seja na faculdade, em conversas com colegas ou em visitas técnicas, deve ser filtrado e avaliado uma possível implementação na sua obra. Para ajustar um ambiente de experimentação, deve-se primeiro estabelecer limites do teste, começar apenas com uma equipe de alvenaria uma nova programação semanal, realizar um experimento para os encarregados fazerem o diário de obra apenas com duas pessoas, etc., depois, deve-se estabelecer um tempo limite para o experimento, deixando a cargo de alguém o acompanhamento da nova investida. Depois de ajustado esses detalhes, precisa-se de dados. Uma gestão de obras eficaz, se baseia em indicadores, pois somente assim podemos saber o que tem sido eficaz e o que precisa mudar.
Para a criação de dados, é muito indicado se realizar formulário pré-definidos. Essa é uma das vantagens de se ter um sistema de gestão com certificação, como a ISO 9001, pois com o selo, os gestores da empresa definem procedimentos e obrigações que são acompanhadas por órgãos externos certificadores, estabelecendo uma importância em se acompanhar o sistema de qualidade.
No entanto, isso não deve-se parar por aí. Dentro da empresa deve-se estabelecer uma cultura de valorização da gestão e da qualidade. Muitas empresas falham nesse aspecto e acabam por ter o selo ISO 9001 como uma obrigação, às vezes esquecendo toda a grande vantagem que ele traz para todas as áreas da sua empresa.
No fim, para se ter uma boa gestão de obras, só precisamos parar e analizar o nosso entorno, tentando replicar as boas práticas e corrigir onde temos maior deficiência, parece óbvio, mas se não foi feito com regras e comparando-se resultados, não temos como saber o que acertamos.